A 13ª Bienal Internacional de Arquitetura entra em sua última semana de atividades – termina no domingo, dia 17 de julho – e traz atrações muito especiais para quem já foi ou ainda não visitou a Bienal.
Entre os dias 8 e 17 acontecem debates, conferências, exibição de curtas, pedalada cicloturística e muito mais, na edição que é a primeira presencial, pós-pandemia. A exposição segue em cartaz desde o dia 27 de maio no Sesc Avenida Paulista e no Centro Cultural São Paulo.
Destacam-se na programação desta última semana a conferência da arquiteta Florencia Sobrero, do Taller General, escritório de arquitetura do Equador no dia 17 de julho, 16h às 18h, no Sesc Avenida Paulista; a Pedalada Cicloturística no Jardim Pantanal, que acontece já neste sábado, dia 9, das 9h às 12h, ponto de encontro na Estação Itaim Paulista da CPTM - Linha 12 Safira (saída para a Rua Cordão de São Francisco); e a performance da artista independente Mona Rikumbi no domingo, dia 10, às 16h, no Sesc Avenida Paulista.
Programação
Sexta-feira, dia 8 – 19h ás 21 horas
Lançamento do filme Prototype City São Paulo
Local: IABsp - Rua Bento Freitas, 306, República - São Paulo - SP, 01220-000 - Entrada livre.
Prototype City é um programa de intercâmbio arquitetônico oferecido pelo British Council focado em colaboração internacional para testar novas ideias ao redor do mundo. No Prototype City São Paulo – uma parceria entre o British Council e o IABsp, com apoio do Projeto Urbanizar do Instituto Alana – será desenvolvido um protótipo a partir da metodologia do coletivo CoCriança que coordena a cocriação com crianças do bairro e com o escritório inglês Intervention Architecture x Co/Lab.
Sábado dia 9 – 9h às 12 horas
Pedalada e Inauguração da Rota Cicloturística - Plano de Bairro do Jardim Pantanal
Tradução simultânea estará disponível somente para inscritos.
Ponto de encontro: Estação Itaim Paulista da CPTM - Linha 12 Safira (saída para a Rua Cordão de São Francisco)
Travessias
A ciclorrota turística, cultural e ambiental do Jardim Pantanal foi inserida como proposta de política pública no Plano de Bairro do Jardim Pantanal, a fim de ser introduzida na agenda das ciclofaixas de lazer do município e das ciclorrotas turísticas do estado de São Paulo. Tem por objetivo promover o desenvolvimento da cultura e identidade local através do uso da bicicleta, visitando os principais patrimônios culturais e ambientais da região e provocando reflexões sobre a história da cidade, do bairro e de seus moradores, numa intersecção com a educação ambiental e patrimonial, assim como com a mobilidade urbana e o lazer da comunidade. O roteiro, feito pela empresa de cicloturismo Pedala-se, partirá da estação Itaim Paulista e está previsto para ser realizado em até 3 horas. A ciclorrota possui baixo grau de dificuldade. Serão ofertadas 15 vagas para ciclistas com mais de 18 anos. Jovens de 14 a 18 anos precisam estar acompanhados de um maior responsável.
Convidado
Rogério Rai Cicloativista do território periférico de São Miguel Paulista (Zona Leste de São Paulo). Utiliza a bicicleta como meio de mobilidade urbana, política e cultural. É idealizador do Pedale-se, uma empresa que articula História e Ciclismo, Diretor Administrativo da Ciclocidade, Coordenador do projeto do aromeiazero Delivery Justo Alana e Lapenna, e um dos o Sudeste da UCB.
Sábado dia 9 – 14h às 16 horas
Lançamento do filme Prototype City São Paulo
Convidados: Coletivo CoCriança, IABsp e Instituto Alana.
Local: Espaço Alana - R. Erva do Sereno, 642 - Jardim Pantanal, São Paulo - SP, 08180-010 - Aberta para a comunidade local. Entrada livre
Domingo, dia 10 – 16h ás 17 horas
Performance: Kiua Matamba – “A Força dos Ventos”
Local: Sesc Avenida Paulista - Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo - SP, 01311-000 Retirada de ingresso com 30 minutos de antecedência.
A performance nasceu durante a pandemia, no momento em que o Brasil contabilizava 100 mil mortos pela Covid-19, e que não imaginávamos que a situação ainda poderia piorar, como se verificou posteriormente. A apresentação, com duração de 35 min, é um olhar lúdico para o fim da pandemia, entendendo a visão de mundo africana como aliada nesta luta.
Convidados
Mona Rikumbi. Atriz, bailarina, poeta, performer e artista independente que cria e produz os próprios trabalhos.
Adetayo Ariel. Percussionista solista, historiador de formação, produtor de conteúdo e afropedagogo, além de educador em oficinas de tambores com material reciclável.
Quarta-feira, dia 13 – 19h às 21 horas
Mesa e exibição de Curtas: Natureza e Reconstrução - “Tramas & Costuras
Local: Japan House - Av. Paulista, 52 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01310-900 - Entrada livre
(Re)Florescer a Boa Vista – Projeto de conservação Boa Vista e Coelhos (2021). Isabelly Lima de Santana Sales, Eduarda Vitória Santos Cavalcanti de Albuquerque, Alan Costa Damásio, Bianca Nascimento Fidelis, Eduarda de Paula Da Silva. Duração do vídeo – 3m:05s.
Uma casa do fogo no centro da universidade (2022). Maylson de Alencar Barbosa, Bárbara Carneiro Servidone, Fernanda Pereira Theodoro, Maria Isabel Magalhães Tavares de Oliveira, Giovanna Strengari Nanci Fluminhan, Nath Cordeiro da Silva, Paulo Jeremias Aires, Leandro Karaí Mirim Pires Gonçalves. Duração do vídeo – 3 min.
CSD Ocupa (2022). Silvio Barini Figueira Pinto, Elo Guazzelli, Wagner Dias dos Santos. Duração do vídeo – 3 min.
Convidado
Atsunobu Katagiri. Artista de plantas japonês, que vive e trabalha em Osaka, Japão. Em seu trabalho emprega várias plantas desde pequenas gramíneas silvestres até árvores de grande porte, como as cerejeiras. É conhecido por sua abordagem contemporânea no uso de plantas e flores, que pode ser vista em muitos de seus trabalhos, como no projeto “Sacrifício”, resultado de sua experiência como artista convidado para o “Hama- dori, Naka-dori, & Aizu Tri-Regional Culture Collaboration Project” organizado pela Agência de Assuntos Culturais do governo japonês. Na ocasião, ele residiu na cidade de Minamisoma, na província de Fukushima, e ficou impressionado com o vazio assombroso das paisagens e as casas destruídas, mas também notou ali o crescimento de ervas daninhas, campos de flores selvagens e jardins que haviam ultrapassado o limite de propriedades. Apesar de suas emoções conflitantes, o ressurgimento da natureza o acalmou, começou a coletar flores e produzir arranjos e instalações em meio às ruínas, numa atitude de “regenerar as vozes da terra”. Katagiri entende a fragilidade das flores e da vida humana como algo semelhante e seu trabalho mostra que após dois anos de distanciamento social forçado, o contato com a natureza se mostra cada vez mais necessário.
Sábado, dia 16 – 10h ás 13 horas
Roteiro 03 – Peabiru: descaminhos (IMS)
Ponto de encontro: IMS Paulista - Avenida Paulista, 2424 - Bela Vista, São Paulo - SP, 01310-300.
Travessias
As travessias em parceria entre a 13ª Bienal de Arquitetura e a exposição Daido Moriyama: uma retrospectiva, organizada pelo Instituto Moreira Salles, têm como objetivo promover aproximações entre a fotografia feita por Moriyama e o olhar para a cidade de São Paulo. A caminhada começa na avenida Paulista, onde a exposição está em cartaz, provocando o olhar para a cidade através da fotografia, com inspirações no pensamento conceitual de Moriyama. Ao longo do trajeto seguinte, os participantes são convidados a conhecer a história do lugar e a criar suas próprias imagens. Peabiru foi uma das rotas dos povos nativos deste território que passava por São Paulo. Não por acaso, foi utilizada para assassinar e expulsar comunidades indígenas locais. Refazer essa caminhada representa a possibilidade de resgate de memórias esquecidas e resistências.
Abertura
Thyago Nogueira é curador e editor. Dirige o departamento de Fotografia Contemporânea do Instituto Moreira Salles e é editor-chefe da revista ZUM. É curador da Exposição Daido Moriyama: uma retrospectiva, organizada pelo Instituto Moreira Salles.
Daniele Queiroz é curadora-assistente de Fotografia Contemporânea no Instituto Moreira Salles. Fundadora da plataforma e grupo de estudos “A história é outra”, que estuda mulheres fotógrafas e metodologias decoloniais de aproximação à imagem. É assistente de curadoria da Exposição Daido Moriyama: uma retrospectiva, organizada pelo Instituto Moreira Salles.
Convidados
Casé Angatu. É indígena e morador do Território Tupinambá em Olivença (Ilhéus/BA) na Taba Gwarïnï Atã. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino e Relações Étnico-Raciais da Universidade Federal do Sul da Bahia (PPGER-UFSB) e da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC/Ilhéus/BA) e pós-doutorando em psicologia na UNESP. É doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), mestre em História pela PUC-SP e historiador pela UNESP. Autor dos livros: “Nem Tudo Era Italiano – São Paulo e Pobreza na Virada do Século (1890-1915)” (2018), “Identidades Urbanas e Globalização: constituição dos territórios em Guarulhos/SP” (2006).
Georgia Niara. É uma artista que visa, por meio da fotografia, rememorizar a imagem de corpos negros e corpos dissidentes, retomando a concepção de imagem na perspectiva da memória ancestral e decolonial. Por meio do audiovisual enquanto cineasta, e da educação enquanto educadora, pretende criar e disseminar novas narrativas como ferramenta de transformação social, e caminho para a busca pela identidade.
Domingo, dia 17 – último dia da Bienal – 16h às 18h
(Re)pensar as práticas – Florencia Sobrero (Taller General)
Local: Sesc Avenida Paulista - Avenida Paulista, 119, Bela Vista, São Paulo - SP, 01311-000. Retirada de ingresso com 30 minutos de antecedência.
Transmissão online no canal do IABsp no youtube
Conferência
No Taller General abordamos as nossas motivações ou preocupações pessoais por meio da arquitetura. Durante a conferência serão desenvolvidos dois temas. Por um lado, a questão de gênero, pois é um ponto de conflito que vivenciamos dia após dia, em um contexto ultra-hegemônico e patriarcal, como o campo do design e da construção. De outro, o deslocamento e a mobilidade humana enfrentados por milhões de pessoas em trânsito pelos países da América Latina, muitas vezes sem lugar para chegar ou ficar. Cenários que nos levam a (re)pensar: quem tem a oportunidade de construir? Quais são as alternativas que temos, les arquitectes? Como você pode gerar uma contribuição para as comunidades em movimento por meio da arquitetura? A partir dessas questões, surgem os dias de construção participativa com perspectiva de gênero: Femingas, destinado a nós que nos encontramos deslocados, invisibilizados e confrontados com barreiras de acesso em termos de desenho, construção ou modificação espacial; e o Abrigo Temporário Humanx em El Juncal (fronteira norte do Equador) para pessoas em situação de mobilidade.
Para mais informações, acesse a página da 13ª Bienal de Arquitetura de São Paulo.